A Minerva: Histórico

A Minerva: Histórico

HISTÓRICO

GRÊMIO LITERÁRIO

No início do século XX, precisamente aos 05 dias do mes de outubro do ano de 1902, com a finalidade de despertar na comunidade o interesse pela música, literatura e jogos, surge o GRÊMIO LITERÁRIO, com uma Escola de Música e Grupo Musical, uma Biblioteca e uma Sala de Jogos. A idealização dessa valiosa instituição foi dos fundadores: Professor Antonio Gabriel de Oliveira, Coronel Francisco Dias Coelho, Filinto Cícero de Vasconcelos, Arnóbio Soares Bagano, Frankilino José de Queiróz, Maurílio Tibúrcio Guimarães, José Alves de Abreu, Theodoro dos Reis Santos, Francisco Ferreira Paraguassú, ViriatoLuíz do Nascimento, José da Silveira Costa, Miguel Ribeiro dos Santos, Antônio da Silva Dourado Júnior, Joaquim Celestino de Souza, Francisco Nery Baptista e Antônio Félix de Aragão.

FILARMÔNICA DE RIACHÃO DE UTINGA

Para abrilhantar os festejos religiosos do Divino Espirito Santo e São Benedito, em Morro do Chapéu, no ano de 1905, foi convidada a Filarmônica de Riachão de Utinga, tendo à sua frente, seu honorário presidente Major Honório Belas e sua comitiva. O brilhantismo da Banda encantou e contagiou os morrenses.

SURGIMENTO DA FILARMÔNICA MINERVA

Em virtude do encantamento com a Filarmônica nos festejos religiosos dos padroeiros da Villa de Morro do Chapéu, logo surgiu e contagiou a ideia da fundação de uma Banda de Música que representasse a dimensão do gosto do povo morrense pela arte musical. Os cidadãos Odilon da Silveira Costa, Deocelciano Barreto de Araújo e outros, liderados pelo Coronel Francisco Dias Coelho, imediatamente iniciaram uma campanha com o fim de angariar donativos para a aquisição dos instrumentos musicais e fardamento. Os músicos Theodoro dos Reis Santos, Honório de Souza Pereira e Adelmo de Souza Pereira, do pequeno grupo musical do Grêmio Literário, se responsabilizaram pelas aulas de música.

21 DE OUTUBRO DE 1906

Realizando o desejo da população, aos 21 de outubro do ano de 1906, em sessão solene realizada na sua primeira sede e com a presença numerosa de morrenses, desmembrou-se do GRÊMIO LITERÁRIO  o grupo musical que passou a chamar-se: SOCIEDADE FILARMÔNICA MINERVA, uma homenagem a deusa grega das artes e da sabedoria e com o “fim de desenvolver a arte musical na esperançosa mocidade da Villa de Morro do Chapéu, como um moralizador e creiocivilizador, progressista e diversivo”, conforme o 1º artigo do seu Estatuto. Na oportunidade, a Filarmônica Minerva em sua primeira apresentação, executou belíssimos dobrados encantando e emocionando a todos os presentes.

1ª DIRETORIA - 1906
SÓCIOS FUNDADORES

Deocleciano Barreto de Araújo – Cursino José de Azevedo – José Ferreira de Oliveira – Joaquim Celestino de Souza – Viriato Luiz do Nascimento – Pedro Ribeiro do Nascimento – Antônio de Souza Lemos – Antônio Barbosa de Souza – Arnóbio Soares Bagano – Wencesláo Pedro da Silva – Cândido Alves da Rocha – Teôtonio Marques Dourado Filho – José de Paula Montenegro – Felisberto Gonçalves de Mattos – Theodoro dos Reis Santos – Adelmo de Souza Pereira – Francisco Nery Baptista – Virgílio José de Souza – Francisco Antônio de Paula – Cícero de Souza Lemos – João Ribeiro dos Reis – Franscico Gabriel de Oliveira – Luiz Francisco de Araújo – Juvêncio Dourado – Manoel Militão da Silva – Raymundo de Araújo Costa – Arnóbio Dantas Barberino – Avelino Soares da Rocha e Manoel Zacarias Pires.

O IDEALIZADOR FUNDADOR

CORONEL FRANCISCO DIAS COELHO   –   1864 / 1919

Nascido em 03 de dezembro de 1864, era filho de Quintino Dias Coelho e Maria da Conceição Coelho. Ainda jovem foi presenteado com a patente da Guarda Nacional no Regimento Imperial, presente do seu protetor e chefe político deste município na época, Pedro Celestino Barbosa. Foi tabelião de notas acumulando o cargo de oficial do registro de hipotecas, mais tarde nomeado tenente coronel e finalmente Coronel Comandante da Brigada da Guarda Nacional, cargos que exerceu com honradez e dignidade. Casou-se com D. Maria Umbelina de Oliveira Coelho. Foi grande comerciante de diamante e carbonatos da Bahia. Em 1910, recebeu de presente da firma Levy de Paris, sua cliente, a imagem de Nossa Senhora da Soledade, a qual está exposta na capela no Parque Soledade, antiga residência do coronel.

Assumiu as rédeas dos destinos deste município em 1903. Em 1907 assumiu interinamente o governo da Intendência Municipal no cargo de Presidente do Conselho e em 1914, torna-se Intendente Municipal até sua morte em 19 de fevereiro de 1919.

O Coronel Francisco Dias Coelho foi o maior desbravador, afeiçoado e incentivador do progresso, da arte e da cultura. Homem incansável e de massas, seu objetivo maior era engrandecer esta terra. Foi um dos responsáveis pela construção do teatro Artur Azevedo, do Grêmio Literário, fundou a nossa querida SOCIEDADE FILARMÔNICA MINERVA e a Sociedade Filarmônica 25 de Dezembro do distrito do Ventura e transformou a Biblioteca do Grêmio em Biblioteca Municipal. Através do seu grande prestigio político, conseguiu pelo decreto nº 751 de 8 de agosto de 1909, a elevação da sede do município em cidade e em 27 de outubro de 1915 a elevação desta cidade à condição de Comarca. Satisfeito e alegre, estava sempre à frente da nossa “MINERVA”, a qual em cada amanhecer do dia 03 de dezembro, dia do seu aniversário, acordava a Vila inteira com maravilhosa alvorada que terminava em festa na sua residência por todo o dia e noite a dentro.

Coronel Dias Coelho, como é conhecido, foi um desses admiráveis homens que passou pela história e hoje descansa na Capela do Parque Soledade, sua residência, juntamente com a família merecendo desta terra uma digna, justa e merecida homenagem.

A MINERVA NA CONSTRUÇÃO DA IMAGEM DO CORONEL DIAS COELHO

FILARMÔNICA MINERVA NA POSSE DO INTENDENTE CEL. FRANCISCO DIAS COELHO – 1912

A Filarmônica Minerva foi fundamental na construção da imagem política e cultural do seu fundador. No período coronelístico, todo grande chefe político organizava uma Banda de Música para ser sua “arma” festiva e poderosa na manutenção do seu status, prestígio e respeito. A Filarmônica Minerva, durante 13 anos (1906 – 1919) esteve ladeada ao seu fundador nos melhores e mais importantes momentos,construindo a sua imagem com suas aparições nas ruas, festas civis e religiosas, encontros políticos, onde ele estivesse e desejasse, consolidando a sua ascensão e sua brilhante e admirada trajetória, tornando-se um dos maiores e mais amados filhos dessa terra denominada Morro do Chapéu.

MINERVA E MORRO DO CHAPÉU. UMA SÓ HISTÓRIA!

Desde a sua fundação, a Filarmônica Minerva abrilhanta eventos sociais, religiosos, fúnebres, esportivos, cívicos, culturais, etc. Esteve presente nos mais importantes momentos alegres e tristes da nossa história, a exemplo da elevação de Morro do Chapéu de Vila à cidade (1909), Recepção da imagem de Nossa Senhora da Soledade vinda da França, posses dos intendentes e Conselheiros Municipais, de Prefeitos e Vereadores desde 1908, Sessão solene da elevação de Morro do Chapéu de Vila à categoria de cidade, Recepção da Comitiva e Filarmônica 25 de Dezembro da Villa do Ventura (1914), fundação da Biblioteca  Municipal Carneiro Ribeiro (1915), Sessão Solene da instalação da Comarca de Morro do Chapéu (1915), Inauguração do Jornal Correio do Sertão (1917), Recepção festiva do médico “negro” e futuro presidente da entidade, Dr. Deusdedith Dias Coelho (1918), Homenagem ao Coronel Francisco Dias Coelho nos seus aniversários (03/12) e no seu funeral (1919), Recepção ao Coronel Horácio de Mattos (1921), Sessões solenes de posse das suas diretorias, Inauguração da Escola Municipal Coronel Dias Coelho (1928), Homenagens aos honorários Minervinos Professor Antonio Gabriel de Oliveira e Maestro Theodoro dos Reis Santos (1929), Homenagem ao maestro Cícero de Souza Lemos (1930), Inauguração do Teatro Odilon Costa (1944), Inauguração da Estrada do Feijão – BA-052 (1974), Homenagem ao maestro Ulisses Valois Pereira – Tota (1992), Homanagem à Professora Judith Arlego no seu aniversário e funaral (1997-1998), Homenagem ao seu ex-presidente Marcos Bagano Guimarães no seu aniversário e funeral (1986 – 2009), Homenagem ao seu ex-presidente Padre Juca (1998 – 2000), Brilhantismo na participação do seu cinquentenário (1956) e centenário (2006), Homenagem ao seu ex-músico e maestro Paulinho Dantas (2009) e tantos outros momentos que estão registrados nas páginas e memória do nosso povo! Em seus 114 anos de história, grande número de famílias já participaram da trajetória da entidade através da diretoria, da filarmônica, do teatro, da dança e dos eventos que realiza.

SEDE

A Sociedade Filarmônica Minerva desde a sua fundação em 1906, passou por diversas sedes alugadas ou emprestadas por amantes da entidade. Em 1959/1960, após esforços do então presidente da entidade Dr. José Mário de Lima e Dantas e uma valorosa e louvável ação do minervino e proprietário Jubilino Cunegundes e sua esposa, que na condição de proprietários da área onde foi edificado o prédio, o TEATRO ODILON COSTA foi doado à Sociedade Filarmônica Minerva, o qual passou a ser a sede própria da Sociedade Filarmônica Minerva.

SURGIMENTO DO TEATRO ODILON COSTA

Com o desmoronamento do Teatro Artur Azevedo na década de 30, a população ficou órfã de uma casa de espetáculos e cultura. No início do ano de 1944, ressurgiu com maior densidade a ideia da construção de um novo Teatro. Foi iniciada uma campanha de doação de materiais de construção para o projeto, liderada por Belarmino Rocha, Lauro Mattos e Jubilino Cunegundes, o qual doou a área para a referida construção.

Homenageando um grande incentivador da cultura e um dos fundadores e ex-presidente da Sociedade Filarmônica Minerva, a nova casa de espetáculos foi denominada TEATRO ODILON COSTA, uma merecida e justa homenagem.

Em 19 de novembro de 1944, o palco da nova casa da cultura morrense foi inaugurado com um Festival Infantil intitulado: “OPERETA DE BRANCA DE NEVE”, apresentado por artistas e alunos da Escola Coronel Dias Coelho sob a direção das professoras Lourdes Coelho e Gabriela Costa Gomes e o elenco com Rita Bagano Guimarães, Zilma Costa, Anadir Moreira e Joseni Costa Gomes. Os anões foram interpretados por alunos da referida escola.

ELENCO
RESSURGIMENTO

Após artavessar alguns períodos de dificuldades, em 09 de julho do ano de 1950, atendendo especialmente os apelos dos músicos da cidade, os cidadãos Joel Modesto de Souza, Tolentino Oliver Guimarães, Valter Gama, Cirilo Januário dos Reis, João Gomes da Rocha, Jubilino Cunegundes e Conêgo José Soares França (Padre Juca), reuniram-se e reorganizaram a entidade e a sua Filarmônica, elegendo e empossando a 5ª diretoria, a qual promoveu o ressurgimento do nosso maior e mais importante patrimônio cultural.

5ª DIRETORIA - 1950
1996 – UM NOVO TEMPO PARA A MINERVA

Com o passar dos tempos, muitos movimentos e entidades morrem no nascedouro, outros começam a se consolidar e desparecem, poucos conseguem permanecer organizados, como era o caso da Sociedade Filarmônica Minerva que se encontrava erguida, graçasa dedicação das diretorias anteriores apesar de enfrentarem vários tipos de dificuldade. Atravessando momentos difíceis em virtude de uma ação judicial de despejo de um inquilino da sua sede (Teatro Odilon Costa), a entidade necessitava de uma nova diretoria que com dedicação, coragem, determinação e competência reorganizasse e resgatasse o seu papel no contexto sociocultural de Morro do Chapéu. Assim, em 28 de dezembro de 1995, a diretoria eleita implantou um Novo Tempo para a entidade, especialmente após viabilizar o fim da ação judicial. Transformou a sede num Complexo Cultural com um novo Teatro totalmente equipado, Escola de Música e Área Social.  Renovou o instrumental e reorganizou a Filarmônica e os grupos amadores de teatro e dança. Implantou um calendário cultural com eventos, como: Semana Cultural, Festival de Música Popular – FEMUP e Encontro de Filarmônicas.

32ª DIRETORIA - 1996
A FILARMÔNICA MINERVA HOJE

A Sociedade Filarmônica Minerva é uma entidade civil sem fins lucrativos, portadora do CNPJ nº 13.228.655/0001-63, considerada de utilidade pública e registrada nos Conselhos de Assistência Social. Tem sede e foro na Praça Augusto Públio, 131 – Centro, nesta cidade de Morro do Chapéu, Chapada Diamantina, Bahia. A MINERVA é o maior e mais importante instrumento na formação da identidade artistic e cidadã do povo morrense, formando várias gerações de músicos, atores e dançarinos. Além da música, a entidade também mantém grupos amadores de teatro e dança, os quais montam e apresentam durante todo o ano, peças e musicais que encantam a todos os amantes das artes.

Tem como principal objetivo a formação cultural e cidadã de crianças, adolescentes, jovens e adultos. Mantém convênio com a ENEL GREEN POWER que cumpre o seu valioso papel social. Hoje, a filarmônica tem seu corpo musical com 45 músicos e 60 alunos matriculados na escola de música. São 114 anos de história, arte e cultura!

MINERVA e MORRENSES… uma só história!

ATUAL DIRETORIA - 2021
GALERIA DE PRESIDENTES

Homens e mulheres dedicaram e dedicam esforços e amor para a manutenção e fortalecimento da eterna e amada Sociedade Filarmônica Minerva.

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Sociedade Filarmônica Minerva, entidade civil sem fins lucrativos, fundada em 21 de Outubro de 1906 pelo Coronel Francisco Dias Coelho.

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